Barrichello, 300

Santana de Parnaíba (o lucro é da indústria de velas para bolos que aceitou a encomenda da Williams)

Gente, o Rubens Barrichello está alcançando a marca histórica de 300 GPs na F-1, neste fim de semana do GP da Bélgica. Nos meus 16 anos de idade, tenho o Rubinho na memória pelo menos desde os quatro. E ainda há aí alguém que fale mal do Rubens, que diz que ele é "pé de chinelo"... Pobres coitados, esses.

A carreira do Barrichello é uma das mais belas da história do automobilismo: Campeão de tudo antes de chegar à F1, começou na Jordan, em 1993 - onde também conquistou os seus primeiros pontos, o primeiro pódio e a primeira pole.

Nos treinos livres do GP de San Marino de 1994 o brasileiro sofreu um grave acidente que o levou à UTI. Exemplo de superação, Rubinho recuperou-se e voltou a correr. Pode-se notar que o seu desempenho sofreu uma relativa piora em relação aos resultados de antes do acidente. Alguns mais experientes apontam esse episódio como um fator que pode ter freado um pouco o desenvolvimento de Rubinho como piloto.

Em 1997 assinou pela Stewart, escuderia na qual construiu uma bonita história: três pódios, uma pole e uma semi-vitória em Interlagos (1999), após abandonar a corrida na liderança.

E não digamos que a sua passagem pela Ferrari (2000-2004) foi ruim: nove vitórias e dois vice-campeonatos. Azar o dele de estar sempre à sombra de Schumacher, o preferido da equipe.

De 2005 a 2008 Barrichello guiou pela Honda; passagem apagada. Um pódio heroico em Silverstone, com o pior carro do grid (2008).

Em 2009, muitos davam como certa a aposentadoria de Rubens. Mais uma vez o brasileiro deu a volta por cima e conseguiu um lugar nas corridas. E que lugar: o melhor carro da temporada com a Brawn GP; duas vitórias e um terceiro lugar no campeonato de pilotos. Nada mal para um aposentado, hein?

Correndo pela Williams em 2010, Barrichello tem demonstrado que ainda tem muita "lenha para queimar", conseguindo alguns bons resultados, com um carro apenas mediano.